O mercado financeiro reiterou hoje sua previsão de crescimento econômico do Brasil para este ano, mantendo-a acima de 2%. Segundo o último boletim Focus divulgado pelo Banco Central, espera-se que o Produto Interno Bruto (PIB) encerre o ano em 2,02%, em linha com a projeção da semana anterior. Há quatro semanas, a expectativa era de um índice ligeiramente inferior, de 1,89%.
Essas projeções, compiladas a partir das opiniões de economistas e analistas de mercado, também indicam um crescimento de 2% para os anos 2025, 2026 e 2027, mantendo-se estáveis ao longo das últimas 20 semanas.
Além disso, as previsões para inflação, câmbio e taxa Selic permanecem inalteradas em relação à semana anterior. Os analistas apontam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano em 3,73%, ligeiramente abaixo da projeção de 3,75% há quatro semanas.
Essa estimativa para a inflação em 2024 está dentro da faixa da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
No que diz respeito à política monetária, o mercado projeta uma taxa Selic de 9,5% para o final de 2024. Os analistas sugerem que o ritmo de redução da taxa básica de juros pode ser mais moderado, comparado às previsões anteriores, indicando um possível ajuste na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para os dias 7 e 8 de maio.
Quanto ao câmbio, espera-se que o dólar feche o ano de 2024 cotado a R$ 5,00, uma ligeira elevação em relação à previsão anterior de R$ 4,95 há quatro semanas. Para os anos seguintes, as projeções também apontam para um aumento gradual da moeda norte-americana em relação ao real.