Na noite de segunda-feira (6), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo está preparando uma linha de crédito especial para ajudar as famílias impactadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul a reconstruir suas residências. Essa medida, somada ao repasse de verbas para o governo gaúcho e as prefeituras das áreas afetadas pelo evento climático extremo, busca fornecer suporte financeiro vital para a população local.
Haddad explicou que os detalhes específicos da linha de crédito ainda estão sendo finalizados, incluindo a possibilidade de os bancos oficiais administrarem essa assistência financeira. Para discutir esses aspectos, está agendada uma reunião entre Haddad e a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, nesta terça-feira (7). O ministro enfatizou a importância de uma abordagem personalizada, considerando que muitas famílias não possuem seguro para suas residências danificadas.
Além da linha de crédito, outras medidas estão sendo tomadas para ajudar as famílias afetadas. Uma delas é o adiamento, por três meses, do pagamento de tributos federais para pessoas físicas e empresas nos 336 municípios gaúchos em estado de calamidade pública, incluindo o Imposto de Renda. Para micro e pequenas empresas, assim como microempreendedores individuais, o prazo foi estendido em um mês.
Haddad revelou que essas medidas serão apresentadas hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem discutirá possíveis cenários. Ele destacou a urgência da situação e a necessidade de uma resposta rápida do governo diante da magnitude da tragédia.
Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto para reconhecer o estado de calamidade pública em parte do território nacional, agilizando assim o repasse de recursos para o Rio Grande do Sul.
Em relação à dívida dos estados com a União, Haddad afirmou que o governo está planejando um tratamento específico e emergencial para o Rio Grande do Sul, visando suspender temporariamente as parcelas dos débitos para liberar recursos para o estado enfrentar a crise.
Outra possível forma de ajuda é a liberação de recursos por meio de créditos extraordinários, que não estão sujeitos ao limite de gastos do governo. No entanto, Haddad ressaltou que é difícil fazer uma estimativa precisa dos danos e dos custos necessários para a reconstrução até que as águas baixem completamente.
O ministro enfatizou o compromisso do governo em garantir transparência e eficiência no uso dos recursos destinados à reconstrução. Ele expressou sua consternação diante da escala da tragédia e se comprometeu a agir com rapidez e determinação para enfrentar os desafios que se apresentam.