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Sobretaxas ampliadas para misturas de aço chinês que burlam tarifas antidumping

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Em uma tentativa de barrar a concorrência desleal de aço importado a preços baixos, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex), da Câmara de Comércio Exterior (Camex), estendeu as medidas antidumping para dois tipos de aços laminados a frio vindos da China. As siderúrgicas chinesas estavam reduzindo teores de cobre e zinco nas misturas para evitar tarifas de importação mais altas.

De 2013 a 2019, a Camex aplicou uma sobretaxa de US$ 629,44 por tonelada desses produtos. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), descobriu que artifícios estavam sendo usados para contornar essa medida.

Antes da tarifa antidumping, as importações dessas variedades eram praticamente inexistentes, mas aumentaram 500% nos últimos anos com pequenas reduções nos teores de cobre e zinco.

A Secex conduziu uma investigação de seis meses e concluiu que as importações dos aços modificados ocorreram apenas para frustrar a eficácia da medida antidumping em vigor. O governo utilizou a legislação de combate à circunvenção – importações de produtos com barreiras comerciais por países terceiros – para estender o antidumping a esse “novo aço”.

Para reduzir a ociosidade nas siderúrgicas nacionais, o governo tomou diversas medidas nos últimos meses. Em fevereiro, a Camex restaurou tarifas de importação para cinco itens. Em abril, anunciou cotas de importação para 11 tipos de produtos de aço, com uma taxação de 25% sobre o que exceder os limites.

Essas medidas levaram as siderúrgicas brasileiras a anunciar planos de investir R$ 100,2 bilhões no Brasil nos próximos cinco anos.

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