No primeiro trimestre de 2023, 188,3 milhões de brasileiros com 5 anos ou mais tomaram ao menos uma dose da vacina contra covid-19, representando 93,9% dessa população. Entre os homens, 90,8 milhões foram vacinados (93%) e, entre as mulheres, 97,5 milhões (94,8%). A vacinação começou em janeiro de 2021, priorizando idosos, pessoas com comorbidades e imunossuprimidos.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: covid-19 (2023), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (24).
Em áreas urbanas, 94,2% dos residentes de 5 anos ou mais tomaram ao menos uma dose, enquanto nas áreas rurais a taxa foi de 92,3%. A região Sudeste registrou a maior proporção de vacinados com pelo menos uma dose (95,9%), seguida pelo Nordeste (94%), Sul (93,1%), Centro-Oeste (91%) e Norte (88,2%).
Entre os jovens de 5 a 17 anos, 84,3% completaram o esquema vacinal primário com duas doses, sendo 33,8% com reforço. No caso dos adultos, 76,9% receberam ao menos três doses, com 42,4% tendo recebido quatro ou mais doses até o primeiro trimestre de 2023.
O Ministério da Saúde considerava duas doses como esquema vacinal mínimo. Segundo Rosa Dória, analista do IBGE, 88,2% da população tomou as duas doses recomendadas.
Os principais motivos para não completar a vacinação foram “esquecimento ou falta de tempo” (29,2%) e “não acha necessário” ou “não confia na vacina” (25,5%). Outros motivos incluíram “aguardando ou não completou o intervalo” (17,5%) e “medo de reação adversa” (16,5%).
Apesar da alta taxa de vacinação, 11,2 milhões de brasileiros com mais de 5 anos não tomaram nenhuma dose até o primeiro trimestre de 2023, sendo 6,3 milhões homens e 4,9 milhões mulheres. Entre os principais motivos estavam “medo de reação adversa” (39,4% entre crianças e adolescentes) e “não confia na vacina” (36% entre adultos).
Até o primeiro trimestre de 2023, 55 milhões de pessoas tiveram covid-19 confirmada por teste ou diagnóstico médico, representando 27,4% da população de 5 anos ou mais. Entre os adultos, 49,9 milhões declararam ter tido covid-19, e entre crianças e adolescentes, 5,1 milhões.
Quanto aos sintomas, 89,7% dos infectados relataram sintomas e 4,2% precisaram de internação. A taxa de internação foi maior entre os não vacinados (5,1%) comparado aos vacinados com duas ou mais doses (2,5%).
A pesquisa também revelou que 23% dos que tiveram covid-19 continuaram a ter sintomas por mais de 30 dias. Entre os sintomas persistentes mais comuns estavam cansaço (39,1%), perda de olfato e paladar (28,8%) e dores no corpo (28,3%).